Por onde você passa inventa um caminho que incendeia o ninho que você criou
Embala o pesadelo na cama de espinhos
Vinho, veneno tinto, um beijo embriagou
Eu já cansei de rodar o mundo sozinho
Dormindo na tormenta que você pintou
Eu nu no frio, você no puro linho
Assim o medo não distingue a escuridão da cor
Ah bebo teu olhar, vôo pro teu mar sem pedir licença
Vai, vaga pelo ar, me deixa sentir tua ausência
Traz pro meu peito paz porque aqui jaz uma crença
Cai no oásis, sai quero tua presença no ar, nua
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