Voe baixo seu corvo carniceiro
Aproveite meu corpo pelas mortes que devo
Largue-me do alto nas profundezas abaixo
Pelas coisas que eu vi e que ninguém deve saber

Só nós dois e meu cérebro nervoso
Poliremos o latão e espanaremos a dor
E nos deitamos sem cultivo como correntes abolidas
Nos chamam de doentes como se todos fossem muito sãos

Então voe baixo seu corvo carniceiro
Aproveite meu corpo para libertar minha alma
Largue-me do alto nas profundezas abaixo
Pelas coisas que eu vi e que ninguém deve saber

E o que dizer sobre um amor tão ousado?
E se a canção cantasse, nenhuma palavra iria segurá-la
Mas aviso-o agora de um final já dito
De uma vida longa à espera de uma morte indigna

Então voe baixo seu corvo carniceiro
Aproveite meu corpo que não está mais vivo
Largue-me do alto nas profundezas abaixo
Pelas coisas que eu vi e que ninguém deve saber
Pelas coisas que eu vi e que ninguém deve saber
Pelas coisas que eu vi e que ninguém deve saber